Uma mulher, de idade não informada, foi presa nessa terça-feira (1) suspeita de torturar a filha, de três anos, no município de Itapagipe/MG, no Triângulo Mineiro. A Polícia Civil (PC) cumpriu o mandado de prisão temporária contra a mulher depois de ser informada pelo Conselho Tutelar sobre um possível caso de tortura cometido pela mãe e pelo padrasto da criança.
A criança apresentava lesões por todo o corpo, muitas delas indicando agressões com fio de carregador de celular, além de marcas de golpes. Na ocasião, a polícia encontrou uma arma de fogo na casa dos suspeitos, resultando na prisão em flagrante do homem.
Iniciadas as investigações, a PC apurou que as agressões vinham ocorrendo há semanas, e que a mãe da criança, que atribuiu a tortura ao padrasto, nunca a levou ao atendimento médico, nem noticiou os fatos aos órgãos policiais ou ao Conselho Tutelar.
Além das agressões, há indícios de que a criança estava sem ser alimentada há algum tempo. Quando apresentada ao atendimento médico, a menina relatou que, além do padrasto, a mãe também seria responsável pelas lesões que apresentava.
O Conselho Tutelar determinou que a criança ficasse, temporariamente, sob os cuidados da avó materna. Porém, a Polícia Civil percebeu que a mãe da criança se mudou, também, para a mesma casa, mantendo a proximidade com a vítima.
A Polícia Civil representou, então, pela prisão temporária da mãe da vítima para verificar se seu grau de responsabilidade se resume à omissão no delito de tortura, ou se participou diretamente na prática da ‘tortura-castigo’, em coautoria com o padrasto, explicou o delegado Rafael Gomes, responsável pelo caso.
As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Polícia Civil em Itapagipe, e a operação contou com apoio de policiais civis de Frutal.